Freitag, 1. Mai 2009

Novo Caminho, novo blogue

Pois bem. Não consegui publicar nem metade dos nossos dias pelo Caminho. Mas também não esperava que iria fazer outro Caminho tão cedo. E acredito que um caminho novo requer um diário novo. Ora pois, então este humilde blogue fica temporariamente sem atualizações, e agora abre espaço para “O Desígnio do Viajante - O Caminho Português a Santiago” (http://odesigniodoviajante.wordpress.com). O nome já diz tudo. Até breve.

Henrique

Samstag, 25. April 2009

20. Dia - Castrojeriz - Boadilla del Camino



A esta altura do campeonato, já havíamos aprendido que para fugir da fúria dos “turigrinos” (turistas travestidos de peregrinos) deveríamos, sempre que possível, fazer etapas diferentes daquelas descritas nos guias mais comuns. E a escolha por Boadilla Del Camino como etapa final foi justamente por isso, e por contar com bons refúgios.

A partida de Castrojeriz é triste, pois a cidade tem um clima tranqüilo, e deixamos para trás uma excelente pessoa, Juanjo. Logo se vê a subida a enfrentar, com certeza o mais difícil do dia. A subida se dá devagar, mas constante. Lá no topo, vemos Castrojeriz ainda a emergir da neblina. Do outro lado, no horizonte, os já comuns moinhos de energia.

A descida, logo em seguida, é perigoso, pois há muitos pedregulhos. Depois disso, só caminhamos no plano. Há de se provimentar em Castrojeriz, pois haverá apenas uma cidade até o final, com possibilidade de alimentar-se, em Itero de La Vega. Antes desta cidade, cruza-se uma antiga ponte românica, construída na época de Alfonso VI, sob o rio Pisuerga, fronteira entre a província de Burgos e Palencia, a qual adentramos trás deixar um marco. Ah, e digno de nota é a capela de San Nicolas, logo antes da ponte, onde, segundo meu guia, no verão torna-se um refúgio de peregrinos.

Seguimos direto a Itero de La Vega, na chamada Terra de Campos, para uma provisional parada para un café con leche. Em seguida, continuamos, sabendo que teríamos quase 9 km diretos, sem possibilidade de parada. E o sol estava pegando. É a Terra de Campos no seu esplendor: um caminho seco, de pedras, sem sombra nem fontes d’água. Há que se cuidar. Mas chegamos inteiros em Boadilla, e ficamos no Albergue “Em el Camino”, muito bem cuidado e grande, com jantar e enorme jardim, com direito à estátua de peregrinos. Fica ao lado da enorme igreja, onde também há um enorme “rolo”, um obelisco medieval onde era colocada as leis da cidade.



Visualizar Castrojeriz - Boadilla del Caminho em um mapa maior

Mittwoch, 15. April 2009

19. Dia - Hornillos del Camino - Castrojeriz



Uma etapa bem tranqüila. Dessa vez, um dia sem chuva - o primeiro, talvez? Ainda assim, andamos todo o tempo com nossas calças impermeáveis – vulgo calça de motoboy. O sol não foi muito duro, ainda bem, pois nos 20 km da etapa, só na metade tem um pueblo onde podemos sentar e descansar um pouco, tomar aquele já famoso café con leche grande, comer um bocadillo e encher as garrafas d’água.

Hontanas é o nome do lugar, que é mais um pueblo que surge do nada, pois fica escondido, abaixo da linha do Caminho. Quando estávamos descendo, de repente surge. Lá encontramos a Jennifer e o Uwe, já tomando algo no bar.

Von Castrojeriz


Em seguida, algo bem curioso. Saímos do pueblo, com as baterias recarregadas, e seguimos pela trilha – nunca pela carretera! – em direção a Castrojeriz. No meio do trajeto, de repente surge um cara vindo na direção contrária. Até aí não seria algo incomum, ainda há muitos que fazem o Caminho ida e volta a pé, como na idade média. Porém, o sujeito, que depois revelou-se australiano, carregava um didgeridoo. O que é isso? Também foi minha pergunta. É um instrumento dos aborígenes do norte da Austrália. Um cano longo de madeira, e soa como um daqueles cornos que os nossos caubóis têm por aqui. Enfim, o rapaz conversou conosco e ficou todo alegre quando soube que éramos mãe e filho no Caminho. A foto prova isso.

Von Castrojeriz


Em seguida, já na carretera – não há outra opção – caminhamos por debaixo dos arcos das ruínas do Convento de San Antón, importante ponto do Caminho na Idade Média, onde eram tratados os peregrinos enfermos e entregue comida àqueles que passavam por ali. Não sei porque, mas dá um frio na espinha ao se passar por ali.

Von Castrojeriz


Logo depois, Castrojeriz já está à vista. O calafrio das ruínas logo se transforma em tranqüilidade neste pueblo, que se estica ao longo do Caminho e ao redor de um morro, com ruínas de um castelo no topo. Há 3 grandes igrejas e 3 albergues, além de um convento de Clarissas que fazem doces divinos – sem trocadilho, minha mãe que o diga. Mas a maior surpresa foi conhecer o Juanjo, hospitaleiro do refúgio em que ficamos. Extremamente simpático e dedicado aos peregrinos, sua casa é aconchegante e repõe as energias dos peregrinos. Ficamos muito gratos pela sua ajuda.

Von Castrojeriz





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Montag, 13. April 2009

Back to Business

I have 3 weeks to update the last days of my Camino, which already made its 1st birthday...

Big plans for the future...

Hugs for everybody.

Sonntag, 12. April 2009

17o e 18o Dias - Burgos - Hornillos del Camino

Em Burgos aproveitamos para ficar uma noite a mais, considerando que nossas bolhas já estavam incomodando. Infelizmente - ou felizmente, visto a precariedade do albergue antigo - não pudemos ficar no albergue mais uma noite, e fomos obrigados a procurar um hostal no centro. O dia foi mais uma vez foi chuvoso, mas tivemos um bom dia de turistas: almoçamos num bom restaurante - mas nada caro - e passeamos pela cidade. Fui até a Cartuxa de Miraflores, numa caminhada de 7 km ida e volta. Vale muito a pena. Depois fiz o tour completo na catedral, que vale cada centavo.

No dia seguinte partimos. O Caminho passa pelo parque onde fica o antigo albergue, e ao lado - algo que os hospitaleiros mui inteligentes não puderam dizer - fica o Monastério de Las Huelgas, também muito interessante. (Ou seja, há três locais de extrema beleza e história em Burgos: a Catedral, a Cartuxa e esse Monastério. Só por esses, vale a pena enfrentar as dificuldades de Burgos, e quem "salta" essa etapa é no mínimo ignorante, no sentido cultural.) A manhã foi de chuvisco, até parecia garoa paulista.

Não muito adiante há uma boa confusão de sinalização, devido à construção do viaduto da Autovia Camino de Santiago, que ironicamente passa exatamente por cima do antigo Caminho. Há de se fazer desvios, passar por debaixo de dois túneis sob rodovias e depois por debaixo do grande viaduto da Autovia para finalmente chegar na estrada que leva a Tardajos, onde há um cruzeiro antigo, um albergue municipal e bares e padaria.

Não muito longe, Rabé de las Calzadas também conta com um albergue privado. Faz-se útil uma parada aqui, pois depois há um trecho relativamente longo até Hornillos, entre campos e pasto de ovelhas, e ainda os famosos montinhos de pedra feitos pelos peregrinos. Avista-se Hornillos do alto de uma forte descida, portanto cuidado. Hornillos é uma cidade itinerária, desenvolvida ao longo do Caminho. O Albergue é muito bom, e se enche ainda há uma casa da prefeitura com 20 camas. Vale a pena visitar a Igreja também.

Segue o mapa do trecho, porém cabe ressaltar que um ano depois o trecho de travessia da Autovia deve ter sido alterado.



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Montag, 18. August 2008

One for the friends



I must apologise to the ones who don't speak portuguese but somehow ended here... I know that at least one person tried read whatever I wrote, but found the language barrier...
Well, therefore I post my best regards to our dear friend Dale, also very known on the Camino as Mr. Canada, who can be seen on the above photo. As a matter of fact, you can see his fully loaded backpack and a orange sleeve, but it's him, I' sure. I still don't know why, but in the many occasions we met on the Way, I didn't took one decent photo of him...
We met Mr. Canada right on the beginning, on Roncesvalles, on the Pilgrim's dinner at one of the pensions at this location. This dinner, by the way, was a tip from our very good friend as well, Jennifer, who shall be greeted properly on a future post.
At the time Dale was with a friend of him, who accompanied him through some stages, if I remember well.
And as the Camino teaches - and it does - you are bond to find your friends over and over again, in different locations, and just when you don't expect to see that frindly face no more.
Unfortunately enough, we didn't meet each other exactly at Santiago, although Dale arrived one day after us. Maybe it is a sign that we should do the Way all over again, just to meet each other at the end of the Way...
To finish, a decent picture of Mr. Canada, taken at Pamplona, next to the Bulls.




Saludos,
Henrique e Maike

E cá estão as fotos

Prontinho, todas as fotos do início até Santiago estão devidamente nos seus lugares, aqui no link à direita. Todos os 45 dias. Há ainda as fotos de Finisterre e Muxia, além de Portugal e sul da Espanha, que serao carregadas oportunamente. E, aos poucos, retorno aos relatos dia-a-dia do Camino.

Abracos