Mittwoch, 28. Mai 2008

15o Dia - Villafranca Montes de Oca - Atapuerca

Depois do susto da neve, mas com uma boa noite de sono, acordamos cedo, devidamente encapados pra enfrentar o tempo, e seguimos em frente. De cara, já uma boa subida, mas sem chuva. Até chegar em San Juan de Ortega foi difícil, sem pueblos e no meio de pinhos. Teve uma descida e subida bem íngremes, mas curtas, nas pedras, e depois um longo caminho ao lado novamente de pinhos, até o mosteiro de San Juan, cujo refúgio está em reforma depois da morte do Padre de lá, um dos mais famosos incentivadores do Caminho e autor da famosa sopa de alho. Como eu sabia da informaçao, nem cogitei ficar lá. Outros alemaes ficaram revoltados pela "falta de informaçao"... Seguimos, mais cedo do que normalmente, para Agés e Atapuerca, onde ficaríamos. Mas logo depois de San Juan, surgiu, novamente, chuva forte com vento, de repente, do nada. Eu olhava incrédulo para as vacas que continuavam pastando tranquilas. Chegamos em Agés, uns 3km depois de San Juan, com sol. Era daqueles dias. Quando chegamos no final do pueblo, chuva de novo. Esperamos. Sol, continuamos, já que até dava pra ver Atapuerca. Mas nao teve jeito, logo depois fomos pegos de novo pela chuva. Porém, chegamos inteiros, e pela primeira, última e única vez, fomos os primeiros no albergue. E ainda tivemos um excelente jantar de peregrino, num restaurante mega chique, num pueblo de uns 200 habitantes, cuja nota relevante é o sítio arqueológico de um dos mais antigos ossos humanos já encontrados.
O dia seguinte, para Burgos, foi um dos mais puxados.

abraços

Na terrinha

Estamos na terrinha, ó pá. Depois de um dia dedicado a lavar roupa e conhecer as caves de vinho do porto, amanha iremos pra Braga. E assim, dia a dia, vamos construindo o itinerário...

Abraços

Sonntag, 25. Mai 2008

Donnerstag, 22. Mai 2008

Campus Stellae

Estamos no nosso terceiro dia aqui, amanha vamos para Finisterre e depois Múxia, locais com ligaçoes jacobeas. Depois, ainda nao sei o que faremos. Quanto às atualizaçoes, peço desculpas, mas na Galícia nao houve nenhum momento que podia entrar na internet, e mesmo aqui em Santiago foi dificil achar um internet café. Tem gente que nem sabe que existe isso aqui.
Como tenho agora outras coisas mais interessantes pra fazer, farei atualizaçoes ainda mais lentamente, mas antes de voltar quero colocar já tudo no blog.

Abraços.

Enfim, na Catedral

Dizem que cada um recebe a entrada que merece. Nosso dia final foi o primeiro de sol e céu azul em dez dias.

Sem mais comentários.

Abraços.

A caminho da meta

Tranquilos, saímos por volta da 9hs do dia 20 de maio, nosso 45o dia caminhando. Mais inconscientemente do que outra coisa, tudo dóia. Pés, joelhos, ombros. A mochila mais pesada do que nunca, os últimos 4km sao rápidos mas longos e confusos. A entrada triunfal na cidade nao é tao triunfal assim, a área urbana, carros, caminhoes e o barulho tiram um pouco a mágica da entrada. Nao há mais flechas dentro do casco velho da cidade, e ironicamente, nao se vê mais as agulhas da Catedral, de tao estreitas que sao as ruas. O Camiño segue intuitivo, entre os habitantes. De repente, chega a Catedral, no susto. Descemos para a Plaza do Obradoiro, â frente da Catedral.

A Meta alcançada, em 4 fotos

Dia 19 de maio, alcançamos o Monte do Gozo, lendário cume de onde se avista pela primeira vez as agulhas da Catedral. Faltavam 4 kms.

Montag, 5. Mai 2008

Fotos

Estamos em Astorga, mais uma cidade episcopal, com uma catedral um tanto quanto diferente, pelas diferentes fases em que passou sua construçao. Para chegar aqui, subimos uma leve serra, para matar a saudade, tanto das subidas, quanto da lama. Mas foi bom, porque é melhor do que o asfalto e barulho da cidade grande. E já um treino pros dias que seguem, em direçao à Galícia, e à montanha de O Cebreiro.

Carreguei algumas fotos, mas parei antes de Burgos, pois sao muitas, e tenho apenas mais 2 horas de Astorga, antes do toque de recolher do albergue. Amanha, Rabanal del Camino, a 23km.

E fica uma bela foto da saída de León.

Samstag, 3. Mai 2008

14o Dia - Viloria de Rioja - Villafranca Montes de Oca

O tempo nao tava pra brinquedo nao. De manha, ainda um pouco de sol, mas de tarde começava o pega-pega entre sol e chuva, e o vento no meio. Iríamos para Villafranca, pois logo depois começaria uma subida forte, entao resolvemos parar lá para descansar antes do esforço.
Com muitos pueblos no caminho, nao seria complicado. Chegamos em Belorado, tomamos nosso cafe con leche e seguimos. Passamos por Tosantos, com uma ermita no alto de um rochedo, numa cova.
Depois por Villambistia e Espinosa del Camino, com mais um cafe con leche. Até entao, só chuviscos, suficiente pra molhar tudo e enlamear todo o trajeto. Mas chegamos inteiros em Villafranca.
O interessante do dia seria a neve (!!!) que caiu no fim de tarde. Neve! Na primavera. E logo depois sol, depois chuva, com um pouco de sol. Tempo louco, bem louco. Mas nada que nos impediria de continuar.

Abraços.

13o Dia - Sto. Domingo - Viloria de Rioja

Estamos a quase um mês caminhando e ainda estou no 13o dia, que vergonha...

Enfim, saímos de Santo Domingo com o intuito de andar 23km até Belorado. Já antes de cruzar o rio Oja (que dá nome à regiao, La Rioja), vimos a chuva no horizonte e colocamos nossas capas de mochila e nossas enormes capas de chuva. Mas chegamos a Grañón secos. Pedimos nossos tradicionais cafe con leche grandes, no bar Cuatro Cantoñes, ouvindo música espanhola nos anos 60. Até aí tudo bem. A saída de Grañón era uma descida, em direçao a mais um campo de trigo. Já de cara, um vento bem forte, de gelar osso. Seguimos. O vento vinha de todo o lado, e minha capa parecia uma bandeira ao vento. Aliás, me sentia o próprio Batman (a capa é azul escura) no topo de um prédio. E segue caminho, e segue vento. Subida, e chegamos na fronteira entre La Rioja e Castilla y León. Um enorme monolito de informaçoes balançava, e a esta altura, nao conseguia fica parado, pois o vento empurrava, e nem o cajado ajudava. Já xingava o vento. Pra que... Lá de cima, avistávamos Redecilla del Camino, primeiro pueblo de Castilla. E na descida, pingos de chuva. A capa de chuva já estava rasgando, tamanha a ventania. E nao ia adiantar se chovesse. E choveu. Assim que chegamos no pueblo, caiu um toró, mas entramos a tempo na Oficina de Turismo. Conversamos com a moça, comprei mais um cajado pra mim, comemos um pouco, e assim como começou, acabou rapidamente a chuva. Chuva de primavera. Ensaiamos continuar, afinal brilhava o sol, mas de novo, tome chuva. Esperamos. Sol. Chuva. Sol, chuva. parecia brincadeira. Nao, continuemos. Só 2 km pro próximo pueblo. Saímos, no sol, apressadamente, e chegamos em Castidelgado já na chuva. Ficamos num estábulo com um casal de franceses e duas alemas, com quem encontaríamos sempre. 5 minutos, e dá-lhe sol. Saímos, e nem 5 minutos chuva. Decidimos ir adiante, já estávamos molhados mesmo, e até Viloria era mais 2km. E eu que xinguei o vento. Até Viloria, era pelo acostamento de uma estrada local. E no meio do caminho, nao bastasse vento de empurrar, chuva na cara, começa granizo. E desta vez, nao passou rápido, nos acompanhou até Viloria.
Sabíamos que tinha um refúgio lá, organizado por um brasileiro e sua mulher italiana. Tinha que mandar lembranças pra eles mesmo. Mas estava fechado. Achamos uma garagem, pra descansar e esperar as 14h, talvez abrisse, pensamos. E nada. Chegam as alemas, ensopadas. Eu, nervoso. Tenho a idéia de ligar pro número que em no guia. Nada, número inexistente. Tento no outro. Nada, ninguém atende. E dá-lhe chuva. Um pouco de discussao, e eu continuava ligando, até que Orietta atendeu. Estava no banho, e abriu a porta. Acácio, o brasileiro, foi pro Brasil no dia anterior. Mas pudemos ficar lá, e assim foi o melhor. O refúgio é lindo, Orietta um amor - nos acolheu muito bem em meio à reforma da casa. Ainda conhecemos o único cavaleiro do Caminho, Jacier, basco. Contou-nos diversos causos do caminho durante o jantar, conversamos bastante com Orietta e dormimos bem. De manha, ainda conhecemos o cavalo do basco, e vimos ele partir pelo Caminho, até nao mais ver. E acompanhamos seus passos gravados no barro até León.
Enfim, passamos por um aperto danado, mas o resto do dia compensou. Assim é o Caminho. Quando você menos espera e mais precisa, algo de bom acontece.

Abraços.

Homenagens



Explico fácil a foto acima. Minha irmä ligou ontem de noite, ainda quando estávamos em León. Entre outras coisas, disse que meu excelentíssimo tio estava acompanhando este humilde e desatualizado blog, o que me deixou extremamente feliz. E hoje de manha, depois de alguns quilómetros caminhados de León, no pueblo de Virgen del Camino, caminho diretamente ao outdoor na foto. Em seguida, era propaganda em todo o lugar. Enfim, para mim, um sinal para mandar um abraço ao querido tio Tuco, à sua família, e por quê nao, à Botucatu.
E ainda, posso aproveitar o simpático tucano para mandar um abraço a uma grande amiga de alma tucana, que se silenciou nos últimos tempos. Beijos.

E abraços.

Villar de Mazarife - a barreira dos 500km

Estamos em Villar de Mazarife, puebloo pequeño, mas com 3 albergues e neste, do Jesus, internet. Afinal, só Jesus salva.
Boa notícia, estamos bem, muito bem. Um dia em León foi bom demais, o tempo dá dando um tempo, e estamos descansados. E ainda quebramos a barreira dos 500 km, que será comemorada com uma sidra asturiana El Gaitero, original, nao a argentina que vende em SP.
Má notícia, a temporada começou, muita gente no caminho, maos-leves inclusos. Talvez o pior seja a quantidade de alemaes que tem por aqui, por causa de um livro sobre o Caminho, feito por um comediante. O mesmo efeito que teve Paulo Coelho com os brasileiros 20 anos atrás. (obs.: entretanto, fizemos excelentes amizades com alemaes, mas a quantidade que tem de alemao, tem muito idiota e folgado também).